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A maioria (58%) dos brasileiros com 16 anos ou mais avalia que a criminalidade em sua cidade aumentou nos últimos 12 meses. Já, 25% consideram que não a criminalidade não mudou, 15% que diminuiu, e 2% não opinaram.
A percepção de que a criminalidade em sua cidade aumentou é maior entre as mulheres do que os homens (62%, ante 52%), entre os moradores da região Sudeste (64%), entre os que moram no Estado de São Paulo (64%), entre os que residem em regiões metropolitanas (66%, ante 51% entre os que moram em cidade do interior), entre os que avaliam o governo do presidente Lula como ruim ou péssimo (68%), entre os brasileiros que se autodeclararam como bolsonaristas (68%).
Por sua vez, a percepção de diminuição da criminalidade é menor entre os que avaliam o governo do presidente Lula como ótimo ou bom (26%), entre os autodeclarados petistas (24%), e entre os que pretendem votar na reeleição do atual presidente (25%).
Questionados sobre a percepção da criminalidade em seu bairro, 41% avaliam que aumentou nos últimos doze meses, para 38%, não houve mudanças, para 19%, diminuiu e 2% não opinaram.
A percepção do aumento da criminalidade no bairro de moradia é maior entre os moradores da região Sudeste (46%), entre os moradores do Estado de São Paulo (46%), entre os que residem nas regiões metropolitanas (52%), entre os que avaliam o governo do presidente Lula como ruim ou péssimo (54%), entre os brasileiros autodeclarados bolsonaristas (53%).
A percepção da estabilidade da criminalidade nos últimos doze meses, por sua vez, destaca-se entre os mais escolarizados (45%), entre os que têm 16 a 34 anos (44%), entre os que têm renda familiar de mais de 5 a 10 salários mínimos (48%) e entre os moradores da região Sul (50%).
O atual levantamento foi realizado nos dias 01, 02 e 03 de abril de 2025, com 3.054 entrevistas presenciais em 172 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%
55% TÊM MUITO MEDO DE SER ASSALTADO QUANDO ALGUÉM DE MOTO SE APROXIMA
Os entrevistados foram questionados sobre o sentimento de medo de ser assaltado em nove situações específicas e, em todas elas, a parcela de entrevistados que declarou ter medo, seja ele um pouco ou muito, superou a parcela que declarou não ter medo.
A maioria (55%) declarou ter muito medo de ser assaltado quando alguém de moto se aproxima, 26% têm um pouco de medo e 19% não tem medo. O índice de muito medo é mais alto entre as mulheres (66%, ante 44% entre os homens), entre os que têm 60 anos ou mais (63%), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (60%), entre os que residem em regiões metropolitanas (65%, ante 48% entre os que residem no interior) e entre os moradores da região Nordeste (62%, ante 35% entre os que residem na região Sul).
A metade (50%) tem muito medo de ser assaltado quando está sozinha em um ponto de ônibus, 23% têm um pouco de medo, 22% não têm medo e 5% não costumam pegar ônibus. O índice de muito medo é maior entre as mulheres (62%, ante 36% entre os homens), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (56%, ante 32% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os moradores da região Nordeste (56%, ante 32% entre os moradores da região Sul) e entre os que residem em regiões metropolitanas (58%, ante 44% entre os moradores do interior).
Uma parcela de 46% tem muito medo de ser assaltado quando precisa usar o celular na rua, 26% têm um pouco de medo, e 28% não têm medo. O índice de muito medo é maior entre as mulheres (56%, ante 37% entre os homens), entre os mais velhos em comparação aos mais jovens (52%, ante 40%), entre os menos instruídos, ante os mais instruídos (52%, ante 45%), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (52%, ante 36% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os que residem em regiões metropolitanas (57%, ante 39% entre os moradores do interior), entre os moradores da região Nordeste (53%, ante 32% entre os moradores da região Sul), e entre os moradores do Estado de São Paulo (51%).
Quatro em cada dez (39%) têm muito medo de serem assaltados quando param com o carro no semáforo, 30% declaram ter um pouco de medo, 28% não têm medo e, 4% não costumam estar nessa situação. O índice de muito medo se destaca entre as mulheres (46%, ante 31% entre os homens), entre os que têm 60 anos ou mais (49%, ante 24% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os que possuem menor escolaridade (48%), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (45%, ante 29% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os que residem em regiões metropolitanas (47%, ante 34% entre os moradores do interior), e entre os moradores da região Nordeste (46%, ante 24% entre os moradores da região Sul).
Uma fração de 39% tem muito medo de serem assaltados enquanto esperam um carro por aplicativo ou táxi na rua, 30% têm um pouco de medo, 26% nenhum, e 5% não costumam chamar carro por aplicativo ou táxi na rua. O índice de muito medo é mais alto entre as mulheres (50%, ante 27% entre os homens), entre os que têm 45 a 59 anos (45%), entre os menos instruídos (45%), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (47%, ante 21% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os moradores da região Nordeste (48%, ante 25% entre os moradores da região Sul) e entre os que residem em regiões metropolitanas (43%, ante 36% entre os que residem no interior).
Ao se depararem com alguém de bicicleta se aproximar, 39% dos brasileiros têm muito medo de serem assaltados, 28% declaram ter um pouco de medo e 33% não têm medo. A situação de muito medo se destaca entre as mulheres (51%, ante 27% entre os homens), entre os que têm 45 anos ou mais (48%), entre os menos instruídos (50%), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (45%, ante 25% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os que residem em regiões metropolitanas (46%, ante 34% entre os que residem no interior), entre os moradores da região Nordeste (45%, ante 27% entre os moradores da região Sul), e entre os católicos (44%).
A percepção de muito medo de ser assaltado quando está no transporte público atinge 33% dos brasileiros, 30% têm um pouco de medo, e outros 30% não têm medo. Uma fração de 7% declarou que não costuma usar transporte público. O índice de muito medo é mais alto entre as mulheres (41%, ante 23% entre os homens), entre os menos escolarizados (41%), entre os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (40%, ante 17% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os moradores da região Nordeste (46%, ante 20% entre os moradores da região Sul), e entre os que residem em regiões metropolitanas (40%, ante 28% entre os que residem no interior).
Um terço (33%) tem muito medo de ser assaltado ao sair ou entrar em sua casa ou prédio, 32% têm um pouco de medo, e 36% não tem nenhum medo. A taxa de muito medo de ser assaltado é mais alta entre as mulheres (40%, ante 25% dos homens), entre os que têm 60 anos ou mais (42%, ante 24% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os menos instruídos (41%), entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (39%, ante 16% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os que residem em regiões metropolitanas (38%, ante 29% entre os que residem no interior), e entre os moradores da região Nordeste (39%, ante 21% entre os moradores da região Sul).
Por fim, 21% têm muito medo de serem assaltados em um restaurante, 31% têm um pouco de medo, 44% não têm medo, e 4% declaram que não costumam ir à restaurantes. O índice de muito medo é maior entre as mulheres (26%, ante 16% dos homens), entre os mais velhos (32%, ante 11% entre os que têm 16 a 24 anos), entre os menos escolarizados (35%), entre os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (29%, ante 6% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), e entre os que moram na região Nordeste (29%, ante 13% entre os moradores da região Sul).
De maneira geral, a taxa de nenhum medo é mais alta entre os homens, entre os mais ricos, entre os moradores da região Sul e entre os moradores de cidades do interior.
46% ESTÃO SEMPRE OU FREQUENTEMENTE PREOCUPADOS DE TER O CELULAR ROUBADO
Os brasileiros foram questionados sobre a frequência com que se sentem preocupados em relação a quatro situações de violência. A situação que mais frequentemente desperta preocupação é ter o medo de ter o celular roubado ao andar pelas ruas da cidade: 37% declararam sempre ter essa preocupação, 9%, frequentemente, 16%, às vezes, 14%, raramente e 23%, nunca.
Daqueles que sempre têm a preocupação de ter o celular roubado ao andar pelas ruas da cidade se destacam as mulheres (44%, ante 29% dos homens), os mais velhos em comparação aos mais jovens (43%, ante 28%), os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos (42%, ante 27% entre os que têm renda familiar acima de 5 salários mínimos), entre os moradores do Sudeste (41%, ante 28% dos moradores do Sul, e 30% dos moradores das regiões Centro-Oeste e Norte), e entre os moradores do Estado de São Paulo (43%).
Ser vítima de bala perdida aflige sempre 30%, 6% tem essa preocupação de forma frequente, 15% às vezes, 18% raramente, 30% nunca têm essa preocupação, e 1% não quiseram opinar. Entre os que sempre tem essa preocupação se destacam os segmentos: mulheres (34%, ante 26% entre os homens), os que possuem 60 anos ou mais (39%), os menos escolarizados (39%), os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (37%, ante 11% entre os que têm renda familiar de mais de 10 salários mínimos), os residentes de regiões metropolitanas (35%, ante 27% entre os que residem no interior) e entre os autodeclarados pretos (37%).
Um quarto (27%) sempre têm a preocupação de ser vítima de agressão ao andar nas ruas da sua cidade, 5% frequentemente têm essa preocupação, 17% às vezes, 16% raramente, e 35% nunca tem essa preocupação. Se destacam entre os que sempre possuem essa preocupação as mulheres (33%, ante 21% entre os homens), os mais velhos (35%), os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (33%, ante 15% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), e os residentes de regiões metropolitanas (32%, ante 23% entre os que residem no interior do país).
Ser vítima de sequestro é sempre um motivo de preocupação de 23% dos brasileiros, para 3%, é frequente, para 13%, às vezes, para 16%, raramente, 44% nunca têm essa preocupação, e 1% não quiseram opinar. Se destacam entre os que sempre possuem a preocupação de ser vítima de sequestro: as mulheres (29%, ante 16% entre os homens), os mais velhos (30%), os menos escolarizados (30%), e entre quem tem renda familiar de até 2 salários mínimos (28%, ante 13% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos).
De maneira geral, a falta de preocupação é mais frequente entre homens, entre os que têm maior renda familiar mensal, entre moradores da região Sul e residentes do interior do país.
Foi perguntado também aos entrevistados se nos últimos 12 meses eles tiveram o celular roubado e 10% declararam que sim. Desses, 6% foram roubados uma única vez, 2%, duas vezes, 1%, três vezes e 1%, quatro vezes ou mais. A média de celulares roubados, entre os que foram vítimas dessas situações, foi de dois celulares. O índice de ocorrência se destaca entre os residentes em cidades de regiões metropolitanas em comparação aos que residem em cidades do interior do país: 14%, ante 7%.
MAIORIA COSTUMA VER VÍDEOS DE ASSASSINATOS E ROUBOS SEGUIDOS DE MORTE PARA SE MANTER INFORMADO SOBRE A VIOLÊNCIA NO BRASIL
Seis em cada dez (62%) concordam com a frase "Eu costumo ver vídeos de assassinatos e roubos seguidos de morte na imprensa e redes sociais para me manter informado sobre a situação da violência no Brasil", sendo divididos em totalmente (39%), ou em parte (23%), 1% não concorda nem discorda com a afirmação, 36% discordam da afirmação (14% em parte e 22% totalmente), e 1% não opinaram.
A taxa de concordância com a afirmação se destaca entre os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (66%, ante 47% dos que têm renda familiar acima de 10 salários mínimos), e entre os moradores da região Nordeste (68%, ante 59% dos moradores da região Sudeste). Por sua vez, a discordância é maior entre os mais instruídos (47%, ante 32% entre os que concluíram o ensino fundamental, e 33% entre os que possuem concluíram o ensino médio), e entre os que têm renda familiar acima de 10 salários mínimos (52%, ante 31% entre os que têm renda familiar de até 2 salários mínimos).
Três quartos (73%) concordam com a frase "A divulgação de vídeos de assassinatos e roubos seguidos de morte na imprensa e redes sociais me faz sentir que posso ser uma vítima de uma situação parecida" (47% totalmente e 26% em parte), 1% não concorda nem discorda da afirmação, e 25% discordam (11% em parte e 14% totalmente), e 1% não opinaram.
A taxa de concordância se destaca entre as mulheres em comparação aos homens (76%, ante 69%), entre os que possuem escolaridade média ou superior, ante os que possuem apenas o ensino fundamental (75%, ante 67%), entre os residentes de regiões metropolitanas (80%, ante 68% entre os residentes do interior). Em contrapartida, a discordância é maior entre os homens em comparação às mulheres (29%, ante 22%), entre os menos escolarizados em comparação aos que possuem escolaridade média ou superior (30%, ante 23%), entre os moradores da região Sul (33%), e entre os residentes do interior do país (30%, ante 18% dos residentes de regiões metropolitanas ou capitais).