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Pesquisa Datafolha mostra que a taxa de brasileiros adultos contrários à anistia segue majoritária, porém, recuou em comparação à pesquisa anterior, de dezembro de 2024. No período, a taxa dos contrários à anistia recuou de 62% para 56%, enquanto a taxa dos favoráveis à anistia subiu de 33% para 37%. Uma parcela de 2% é indiferente (era 1%) e 6% não opinaram (eram 5%).
O índice daqueles contrários à anistia é mais alto entre os mais instruídos (62%), entre os que pretendem votar em Lula na eleição presidencial de 2026 (69%), entre os que estão satisfeitos com o governo Lula (70%) e entre os autodeclarados petistas (66%). Já, o índice daqueles que são favoráveis à anistia é mais alto entre os homens do que entre as mulheres (41%, ante 33%), entre os que pretendem votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026 (56%), entre os que estão insatisfeitos com o governo Lula (52%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (57%).
Os brasileiros ficaram divididos sobre o tempo de pena dos réus acusados do ataque aos prédios dos Três Poderes, em janeiro de 2023. Para 36%, as penas entre 3 a 17 anos aos réus deveriam ser menores, para 34%, são adequadas, e para 25%, deveriam ser maiores. Uma fração de 5% não opinou.
O entendimento que as penas deveriam ser menores alcança índices mais altos entre os homens (42%, ante 30% entre as mulheres), entre os mais instruídos (44%, ante 31% entre os menos instruídos), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (47%, ante 31% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os evangélicos (45%, ante 34% entre os católicos), entre os que pretendem votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026 (61%), entre os que estão insatisfeitos com o governo Lula (57%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (61%).
Já, o entendimento que as penas são adequadas alcança taxas mais altas entre os que têm 16 a 24 anos (43%), entre os que pretendem votar em Lula na eleição presidencial de 2026 (44%), entre os que estão satisfeitos com o governo Lula (42%) e entre os autodeclarados petistas (41%).
Por sua vez, o entendimento que as penas deveriam ser maiores se destaca entre os menos instruídos (36%, ante 14% entre os mais instruídos), entre os que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos (30%, ante 14% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os que pretendem votar em Lula na eleição presidencial de 2026 (36%), entre os que estão satisfeitos com o governo Lula (35%) e entre os autodeclarados petistas (39%).
O atual levantamento foi realizado nos dias 01, 02 e 03 de abril de 2025, com 3.054 entrevistas presenciais em 172 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.
A metade (52%) avalia que Jair Bolsonaro deveria ser preso por sua participação na tentativa de golpe, conforme denúncia do Procurador Geral da República e investigações da Polícia Federal. Para 42%, o ex-presidente não deveria ser preso e 7% não opinaram.
A taxa de apoio à prisão de Bolsonaro é mais alta entre os moradores de Regiões Metropolitanas do que entre os moradores do interior (56%, ante 48%), entre os católicos do que entre os evangélicos (55%, ante 38%), entre os moradores da região Nordeste (59%, ante 46% entre os moradores da região Sul, 47% entre os moradores da região Norte+Centro-Oeste e 51% entre os moradores da região Sudeste), entre os que pretendem votar em Lula na eleição presidencial de 2026 (84%) e entre os autodeclarados petistas (85%).
Em contrapartida, observam-se taxas mais altas daqueles que avaliam que o ex-presidente não deveria ser preso entre os homens (48%, ante 36% entre as mulheres), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (52%, ante 39% entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os moradores do interior do que das RMs (45%, ante 37%), entre os evangélicos (54%, ante 39% entre os católicos), entre os que pretendem votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026 (88%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (90%).
Para 52%, Jair Bolsonaro não será preso em decorrência das atuais investigações que o tornaram réu, para 41%, Bolsonaro será preso e 7% não opinaram.
A parcela que avalia que o ex-presidente não será preso é mais alta entre os moradores da região Sudeste (58%), entre os que pretendem votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026 (70%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (71%).
Já, a parcela que avalia que Bolsonaro será preso é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (45%, ante 38%), entre os mais instruídos do que entre os menos instruídos (50%, ante 40%), entre os moradores da região Nordeste (49%, ante 36% entre os moradores da região Sudeste), entre os que pretendem votar em Lula na eleição presidencial de 2026 (60%) e entre os autodeclarados petistas (60%).
PROPOSTA DE MUDANÇA NA LEI DA FICHA LIMPA DIVIDE OS BRASILEIROS
47% são favoráveis ao início do cumprimento da pena a partir da primeira condenação na Justiça e 47% são contrários
Quando questionados se são favoráveis ou contrários à proposta de alteração nas regras de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa para início do cumprimento da pena a partir da primeira condenação na Justiça, ao invés da segunda condenação, os brasileiros ficaram divididos. Uma parcela de 47% declarou ser favorável à mudança na regra e outros 47% declaram ser contrários. Uma fração de 1% é indiferente e 5% não opinaram.
Da parcela favorável à mudança na Lei da Ficha Limpa são observados índices mais altos entre que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (53%, ante 28% entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os que pretendem votar em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026 (55%) e entre os autodeclarados bolsonaristas (57%).
Por outro lado, observam-se taxas mais alto de contrários à mudança na Lei da Ficha Limpa entre os que têm 60 anos ou mais (54%), entre os mais instruídos (58%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (66%) e entre os autodeclarados petistas (53%).