Saltar para o conteúdo principal

Marta (PT) e Netinho (PC do B) lideram disputa pelo senado

Eleições -

Tuma aparece com 22% em cenário estável

Após as mudanças provocadas pela saída de Quércia e a ascensão de Netinho desde o início da campanha, a concorrência por uma das duas vagas ao Senador pelo Estado de São Paulo passa por um momento de estabilidade. É o que aponta a pesquisa Datafolha realizada entre os dias 13 e 14 de setembro, que traz Marta (35%) e Netinho (34%) na liderança da disputa. Na comparação com o levantamento da semana passada, a petista manteve seu índice, enquanto o cantor e vereador oscilou dois pontos para baixo - tinha 36%.

Foram ouvidas 2114 pessoas em 60 cidades do Estado de São Paulo entre os dias 13 e 14. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Na terceira colocação aparece Romeu Tuma (PTB), que tem 22% das indicações de voto, oscilação de um ponto sobre o levantamento anterior. Aloysio Nunes (PSDB), que herdou o tempo de Quércia no horário eleitoral gratuito e dobrou seu tempo de exposição, ainda não conseguiu capitalizar essa vantagem e tem 17%, um ponto a mais do que na semana passada. No início da campanha, o tucano aparecia com 4%. A seguir, na disputa pela vagas de senador, vêm Ciro (PTC), com 11%, Moacyr Franco (PSL), com 7%, Ana Luiza (PSTU) e Ricardo Young (PV), com 3% cada um deles. Os candidatos Serpa (PSB), Marcelo Henrique (PSOL) e Dirceu Travesso (PSTU) têm 2%, cada. Afonso Teixeira (PCO) e Mazzeo (PCB) têm 1%, cada, e Doutor Redó (PP) e Ernesto Pichler (PCB) foram citados mas não atingiram 1%.

Declararam votar em branco e nulo para uma das vagas 11% dos eleitores, enquanto 7% afirmam que farão o mesmo para as duas vagas em disputa. Outros 26% não sabem em quem votar para uma vaga, indecisão que é de 15% para as duas vagas.

Na comparação com a pesquisa anterior, Netinho teve queda entre os eleitores do interior (de 37% para 33%); entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental (de 43% para 36%); e entre quem obtém renda familiar de dois a cinco salários mínimos por mês (de 39% para 35%). Obteve alta, por outro lado, entre o mais escolarizados (de 19% para 22%) e entre os mais ricos (de 17% para 23%). Já Marta Suplicy perdeu apoio entre os eleitores com renda familiar mensal entre cinco e dez mínimos (passou de 41% para 30%) e viu suas intenções de voto aumentar entre aqueles com renda familiar de dois a cinco salários (tinha 35% e foi a 40%)

A partir de hoje o Datafolha passa a divulgar também os resultados de sua pesquisa sobre as intenções de voto para o senado com o cálculo que o Tribunal Superior Eleitoral utilizará na apuração oficial. A base de cálculo deixa de ser o total de eleitores e passa a ser o total de votos, o que não provocará mudanças de tendências, mas altera apenas os percentuais obtidos pelos candidatos. Este procedimento vale para o cálculo dos votos válidos.

No cálculo dos votos válidos, os votos brancos e nulos são desconsiderados - da forma adotada pelo TSE - e os indecisos são distribuídos proporcionalmente para cada candidato, segundo seus percentuais de intenção de voto. Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao senado, a soma dos percentuais divulgados pelo Datafolha até aqui é igual a 200%. Com o cálculo adotado pelo TSE, considerando-se a base de total de votos, os resultados somarão 100%. Assim, as taxas de menção aos candidatos serão inferiores às verificadas até aqui. É importante a divulgação dos dois resultados.

Quando considerados apenas os votos válidos, Marta vai a 25% e continua empatada com Netinho, que alcança 24%. Nessa situação, Tuma atinge 16% e fica empatado tecnicamente com o candidato do PSDB, que obtém 12%. Ciro ficaria com 8%, enquanto Moacyr Franco (PSL) iria a 5%. Os candidatos Ana Luiza, Serpa e Ricardo Young atingem 2% dos votos válidos, cada. Já Marcelo Henrique, Mazzeo e Dirceu Travesso ficam com 1% das indicações. Os candidatos Doutor Redó, Ernesto Pichler e Afonso Teixeira não atingiram 1%.

São Paulo 16 de setembro de 2010.

Baixe esta pesquisa