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Com 49%, Geraldo Alckmin (PSDB) mantém vantagem em SP

Eleições -

*Mercadante (PT) não mantém ascensão *

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiu manter a vantagem para seus principais adversários na disputa pelo governo de São Paulo e, com 49% das intenções de voto, segue como favorito para vencer a eleição já no primeiro turno, aponta pesquisa Datafolha realizada entre os dias 8 e 9 de setembro. Seu oponente mais próximo, Aloizio Mercadante (PT), não conseguiu sustentar a ascensão verificada nos dois últimos levantamentos do Datafolha e aparece com 23% da preferência do eleitor paulista, oscilação negativa de um ponto em relação à pesquisa feita entre os dias 2 e 3 deste mês. Desde o início do horário eleitoral gratuito, em 17 de agosto, o petista havia crescido oitos pontos, segundo pesquisas Datafolha concluídas em 24 de agosto e 3 de setembro, e, com isso, diminuído de 38 pontos para 26 pontos a vantagem de Alckmin.

Com a distância de 26 pontos apontada pelo atual levantamento, o tucano seria eleito já no primeiro turno. Isso porque alcançaria 57% dos votos válidos para o governo de São Paulo enquanto seus adversários, somados, teriam 44%. No cálculo de votos válidos, a taxa de votos brancos, nulos e indecisos é distribuída proporcionalmente segundo o percentual de intenção de voto de cada candidato. É essa a contagem feita pela Justiça Eleitoral para declarar o vencedor da eleição.

Foram ouvidos 2111 eleitores, com 16 anos ou mais de idade, em 60 municípios do Estado de São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos

Na terceira colocação na disputa em São Paulo, Celso Russomanno (PP) aparece com 9% das intenções de voto, oscilação de dois pontos sobre os 7% obtido na pesquisa anterior. Com 3%, Skaf (PSB) também se mantém estável. Mancha (PSTU), Paulo Búfalo (PSOL) e Fábio Feldman (PV) foram apontados, cada um deles, por 1% dos eleitores. Anaí Caproni (PCO) e Igor Grabois (PCB) foram citados, mas não atingiram 1%. A taxa de votos em branco ou nulos é de 5%. Declararam não saber em quem votar 8%.

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os cartões com os nomes dos candidatos aos entrevistados, o nome de Alckmin é mencionado por 26% dos eleitores, oscilação para baixo de dois pontos em relação à pesquisa Datafolha anterior. Mercadante se manteve com 15% das intenções espontâneas.

Na comparação com o levantamento anterior, oscilou para cima a distância entre Alckmin e Mercadante entre os eleitores da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, que era de 23 pontos e agora está em 25 pontos. Nas cidades do interior, a vantagem do tucano que era 30 pontos diminuiu para 27 pontos.

O eleitorado jovem continua sendo o segmento mais disposto a votar no ex-governador. Entre os eleitores de 16 a 24 anos, ele tem 57% das intenções de voto. Mercadante tem seu pior desempenho (15%) nessa fatia do eleitorado. O petista viu seu eleitorado mais forte mudar da faixa etária de 35 a 44 anos - onde tem 23%, ante 29% na pesquisa anterior - para a que abrange eleitores entre 45 a 59 anos - nessa faixa, alcança 29%, ante 26% na semana passada. Alckmin se sai pior (44%) nessa faixa de idade.

Na segmentação do eleitorado de acordo com a escolaridade, Alckmin perdeu votos entre aqueles com nível superior (tinha 57% e agora aparece com 51%). Parte dessas intenções de voto migrou para Russomano (que foi de 4% para 7%) e parte para a fatia dos que não têm candidato ou estão indecisos (a soma dessas manifestações passou de 7% para 10%).

Russomano também ganhou espaço entre os mais pobres. Na pesquisa passada, o candidato do PP era o preferido para governar São Paulo por 6% dos eleitores com renda familiar mensal de até dois salários mínimos. Agora, tem 10%. Alckmin, por outro lado, caiu de 49% para 46% nesse segmento, seu pior desempenho quando considerada a renda obtida pelos eleitores. Mercadante tem votação abaixo de sua média geral entre os mais ricos, com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Obtém 18% dos votos desses eleitores, índice que oscilou dois pontos para baixo desde o levantamento anterior.

Mancha segue como o candidato mais rejeitado pelos paulistas: 30% dos eleitores não votariam de jeito nenhum no candidato do PSTU. Mercadante tem o segundo índice de rejeição mais alto (24%). A seguir, em ordem decrescente, aparecem Paulo Búfalo (21%), Skaf (20%), Alckmin (19%), Russomano e Igor Grabois (18%, cada), Anaí Caproni (16%) e Fábio Feldman (14%). Não rejeitam nenhum deles 11% dos eleitores, enquanto 3% rejeitam todos. A capital paulista é onde o candidato do PT é mais rejeitado (27%). Essa rejeição ao petista também fica acima da média entre os mais escolarizados (34%) e entre os mais ricos - nesse segmento, subiu de 31% para 39%. Já Alckmin viu sua rejeição aumentar de 16% para 19% entre os eleitores do interior do Estado e tem rejeição acima de sua média entre aqueles com nível superior (22%).

Em eventual segundo turno na disputa pelo governo paulista entre Alckmin e Mercadante, o tucano é escolhido por 59% dos eleitores, enquanto 32% optam pelo petista. Votos em branco ou nulos, nesse caso, somam 5%, enquanto 4% disseram estar indecisos.

*Netinho (PC do B) lidera disputa pelo senado ao lado de Marta Suplicy (PT)
Tuma (PTB) também se beneficia de saída de Quércia e sobe seis pontos*

O cantor e vereador Netinho (PC do B) lidera pela primeira vez a disputa por uma das duas vagas de São Paulo para o Senado. Com 36% das intenções de voto, ele está tecnicamente empatado com sua colega de coligação, Marta Suplicy (PT), que aparece com 35%, segundo pesquisa Datafolha realizada entre 8 e 9 de setembro, após a retirada da candidatura de Quércia (PMDB) por problemas de saúde. No levantamento anterior, feito entre 2 e 3 de setembro, o peemedebista ainda estava na disputa e, com 26% das indicações de voto, aparecia em situação de empate técnico com o candidato do PC do B, que tinha 28%. Marta aparecia com 33% da preferência dos eleitores na pesquisa anterior.

O atual levantamento mostra que os votos de Quércia foram distribuídos entre quase todos os principais candidatos na disputa. Um dos mais beneficiados foi o senador Romeu Tuma (PTB), que no levantamento anterior era apontado para o Senado por 15% dos eleitores. Agora, tem 21%. Tuma também enfrenta problemas de saúde e está internado desde a semana passada, mas, segundo seu partido, não irá desistir da candidatura.

Herdeiro do tempo de TV e rádio do candidato do PMDB no horário eleitoral gratuito, Aloysio Nunes (PSDB) teve alta de quatro pontos e está com 16% das intenções de votos para o Senado. Ciro (PTC) aparece com 12%, oscilação para cima de um ponto. Está empatado tecnicamente com Moacyr Franco (PSL), que tem 9%, três pontos a mais do que na pesquisa anterior. A seguir vêm Ana Luiza (PSTU), com 4%, Ricardo Young (PV), com 3%), Serpa (PSB), Marcelo Henrique (PSOL) e Dirceu Travesso (PSTU), cada um deles com 2%, e Afonso Teixeira (PCO) e Mazzeo (PCB), com 1%, cada. Os candidatos Doutor Redó (PP) e Ernesto Pichler (PCB) não alcançaram 1% das intenções de voto.

Indicaram voto em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos para uma das vagas 11% dos eleitores. Outros 7% afirmaram que irão votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos para as duas vagas de senador. A taxa de indecisos para uma das vagas é de 25%, enquanto 14% têm dúvidas sobre quem votar para as duas vagas.

Ex-prefeita de São Paulo, Marta tem 44% das citações na capital paulista, onde lidera a disputa. No interior, a petista fica atrás de Netinho, que tem 37%, ante os 32% obtidos por ela. Na capital, o cantor tem 33%. Netinho tem seu melhor desempenho entre eleitores com idade entre 25 e 34 anos, faixa na qual atinge 42% das intenções de voto. Marta também tem mais votos (39%) nesse segmento do que nos demais. Entre os mais velhos, com mais de 60 anos, Netinho tem 35% de preferência para um dos votos de senador, a maior entre todos os candidatos. Nesse segmento, a candidata do PT tem 27% das intenções de voto.

Com 41% dos votos entre os eleitores com renda familiar mensal de até dois salários mínimos, Netinho lidera nesse segmento, assim como entre os eleitores que estudaram até o ensino fundamental (43%). Sua companheira de coligação consegue melhor desempenho entre os eleitores com renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos (41%). Entre os mais ricos, Marta obtém 33%, mesmo índice de Aloizio Nunes. Já entre os eleitores com ensino superior, a candidata do PT fica à frente, 35%, seguida pelo tucano, que alcança 30% nesse segmento.

Os eleitores paulistas da candidata do PT à presidência, Dilma (PT), dão preferência para Marta (57%) e Netinho (50%) para o Senado. Já os que indicam voto em José Serra (PSDB) têm preferência mais diluída: 30% optam por Aloysio Nunes, 29%, por Netinho, 26%, por Tuma, e 19%, por Marta. Na pesquisa anterior, quem liderava entre os eleitores de Serra era Quércia, com 38% das intenções de voto.

Apesar de estarem em uma coligação de oposição, Netinho e Marta também lideram entre aqueles que irão votar em Geraldo Alckmin para o governo de São Paulo - ele alcança 31% nesse grupo, e a petista, 28%. Já o senador Romeu Tuma tem 26% dos votos dos alckmistas, enquanto o tucano Aloysio Nunes fica com 24%. No levantamento anterior, também era Quércia, com 36%, quem estava na frente entre os que votam em Alckmin para governador.

São Paulo 10 de setembro de 2010.

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