Após início do horário eleitoral, Boulos (23%), Marçal (22%) e Nunes (22%) seguem empatados em São Paulo

41% dos eleitores com candidatos ainda podem mudar o voto até eleição

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Na primeira pesquisa realizada após o início do horário eleitoral no rádio e TV, os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), com 23%, Pablo Marçal (PRTB), com 22%, e Ricardo Nunes (MDB), com 22%, lideram a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Em pesquisa realizada entre os dias 20 e 21 de agosto, o candidato do PSOL tinha os mesmos 23%, o postulante do PRTB tinha 21%, e o atual prefeito da capital aparecia com 19%.

O deputado federal e candidato à prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, (FOTO: Pedro Ladeira/Folhapress, FOLHA)***São Paulo, SP, 08.08.2024: Ricardo Nunes (MDB) (Foto: Bruno Santos/ Folhapress)***Paulo, SP, BRASIL, 08/08/2024: O candidato a prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) . (Foto: Bruno Santos/ Folhapress)

• Datena (PSDB) oscilou de 10% para 7% nesse período, e Tabata Amaral (PSB) passou de 8% para 9%. A disputa traz ainda Marina Helena (Novo), com 3%, Bebeto Haddad (DC) e Ricardo Senese (UP), com 1% cada, e João Pimenta (PCO) e Altino Prazeres (PSTU), que não pontuaram. Os demais eleitores votariam em branco ou nulo (8%) ou preferiram não opinar (4%), mesmos índices do levantamento anterior.

• Entre os homens, o candidato do PRTB tem 29%, acima do registrado entre mulheres (16%). Na fatia do eleitorado paulistano que votou em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial de 2022, Marçal tem 48% (ante 44% na segunda quinzena de agosto e 29% na primeira quinzena de agosto), e Nunes fica com 31% (eram 30% na pesquisa anterior e 38% no início de agosto).

Por renda, Nunes tem 28% entre os mais pobres, com renda familiar de até 2 salários, ante 19% de Boulos e 17% de Marçal; na faixa de renda intermediária, de 2 a 5 salários, o candidato do PRTB tem 24%, mesmo índice de Boulos, e o atual prefeito tem 21%; entre quem tem renda superior a 5 salários, Boulos tem 26%, Marçal, 25%, Nunes, 17%, e Tabata Amaral, 14%.

• Na comparação com o levantamento anterior, Nunes avançou de 18% para 28% na faixa de menor renda, e Datena perdeu 10 pontos entre eleitores com escolaridade fundamental (de 19% para 9%). O prefeito avançou também entre quem votou em Lula em 2022, de 14% para 19%, segmento no qual Boulos lidera com 43% (ante 44% no último levantamento). • Seis em cada dez eleitores (59%) com opção de voto definida estão totalmente decididos sobre essa opção, e Boulos (75% de certeza) e Marçal (70%) têm o voto mais consolidado. São seguidos por Nunes (52%), Tabata Amaral (43%) e Datena (35%).

Entre aqueles que ainda podem mudar o voto, Boulos (18%), Nunes (17%), Tabata Amaral (15%), Datena (13%) e Marçal (9%) são as alternativas mais citadas. • O candidato do PSOL é a segunda opção de voto de 22% dos eleitores de Datena, de 43% dos que pretendem votar em Tabata Amaral, de 21% dos que preferem inicialmente Nunes, e de 15% dos que declaram voto em Marçal. O candidato do PRTB é citado como alternativa de voto por 15% dos eleitores do atual prefeito. Já Nunes é a segunda opção de voto de 24% dos eleitores de Boulos, de 30% dos que preferem Marçal, de 17% do eleitorado de Tabata Amaral, e de 19% dos que citam Datena como primeira opção.

38% NÃO SABEM CITAR NENHUM CANDIDATO NA ESPONTÂNEA

• Na pesquisa de voto espontânea, a taxa dos que não souberam mencionar nenhum nome caiu de 48% para 38% desde agosto, e os mais citados espontaneamente foram Boulos (19%, e tinha 17%), Marçal (15%, e tinha 13%) e Nunes (10%, e tinha 7%), e há ainda 2% que dizem que irão votar no atual prefeito, sem especificar o nome.

• Entre quem votou em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição de 2022, 38% citam Marçal espontaneamente, ante 16% de Nunes. Na parcela de eleitores de Lula (PT), Boulos é o mais citado (37%), 8% indicam voto em Nunes e 37% não sabem responder.

• A taxa de conhecimento de Marçal cresceu de 67% para 76%, o conhecimento de Nunes avançou de 85% para 90%, e o de Tabata Amaral, de 61% para 67%, na comparação com levantamento realizado na segunda quinzena de agosto.

• Nesse período, a rejeição à candidatura de Marçal passou de 34% para 38%, no mesmo patamar de Boulos (37% rejeitam, mesmo índice). Há 32% que não votariam de jeito nenhum em Datena (mesmo índice), 21% que rejeitam Nunes (eram 25%), e 17% que descartam votar em Tabata Amaral (eram 18%).

RICARDO NUNES SUPERA BOULOS E MARÇAL EM PROJEÇÕES DE SEGUNDO TURNO

• O atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, teria 49% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra Guilherme Boulos, que ficaria com 37% dos votos. Os demais votariam em branco ou nulo (11%) ou não opinaram (2%). No levantamento anterior, Nunes tinha 47%, e Boulos, 38%. Entre eleitores de Marçal no primeiro turno, Nunes leva grande vantagem diante do deputado do PSOL (71% a 11%), e entre quem vota em Datena essa distância se estreita (46% a 35%). Entre eleitores de Tabata Amaral, Boulos tem 48%, ante 36% do adversário. Entre os eleitores de Lula em 2022, 62% optam por Boulos e 31% por Nunes.

• Na disputa direta contra Marçal, o candidato do MDB tem 53% das intenções de voto, ante 31% do adversário. Há 15% que votariam em branco ou nulo, e 2% não opinaram. No eleitorado de Boulos no primeiro turno, 62% optam por Nunes contra o candidato do PRTB, que teria 9% dos votos do candidato do PSOL e 28% não votariam em nenhum dos dois. O prefeito também tem vantagem entre eleitores de Datena (56% a 27%) e Tabata Amaral (64% a 14%).

• A projeção de um embate entre Boulos e Marçal traz o deputado do PSOL à frente (45% a 39%), com 12% de votos em branco ou nulo e 3% indecisos. No eleitorado de Nunes no primeiro turno, 40% votariam em Marçal, e 39%, em Boulos. No grupo que votaria inicialmente em Datena, o candidato do PSOL teria 44%, ante 32% do postulante do PRTB. Entre quem declara voto em Tabata Amaral, Boulos abre vantagem sobre o adversário (63% a 19%).

COM AVALIAÇÃO ESTÁVEL, GOVERNO RICARDO NUNES É APROVADO POR 26%, E 24% O REPROVAM

Um em cada quatro (26%) eleitores da cidade de São Paulo avalia como ótima ou boa a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição neste ano. Em patamar similar, 24% atribuem a ele uma avaliação ruim ou péssima. Há 46% que consideram a gestão Nunes regular, e 4% não tem opinião a respeito.

• Na comparação com levantamento realizado na segunda quinzena de agosto, a aprovação ao governo do atual prefeito ficou estável, com oscilação positiva (era de 25%), e a reprovação oscilou em sentido contrário (era de 25%).

• A aprovação à gestão Nunes é mais alta entre eleitores com 45 anos ou mais (32%), no segmento menos escolarizado (35%), entre eleitores de baixa renda (33%) e entre quem votou em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial de 2022 (33%).

• As taxas de reprovação, por sua vez, são mais elevadas entre eleitores que estudaram até o ensino superior (36%) e na faixa de renda familiar superior a 5 salários (31%). Entre eleitores de Lula na última disputa presidencial a reprovação ao governo Nunes passou de 36% para 30%.

BOULOS ATRAI LULISTAS, MARÇAL TEM MAIORIA BOLSONARISTA, E NUNES SE EQUILIBRA ENTRE POLOS

A partir de uma escala de 1 a 5, em que 1 significa ser bolsonarista e 5 ser petista, os eleitores paulistanos foram consultados sobre seu posicionamento em relação a esses dois polos, e os índices ficaram estáveis na comparação com a segunda quinzena de agosto.

• Na capital paulista, há 42% que se consideram petistas (4+5), sendo que 27% se colocam na posição mais petista (5), e 15% tendem ao petismo (4).

• Os bolsonaristas (1+2) são 28%, sendo que 21% são extremamente bolsonaristas (1), e 7% tendem ao bolsonarismo (2).

• Há 24% que se posicionam no centro dessa escala (3), 5% dizem que não se encaixam em nenhuma delas, e 1% não opinou.

• No grupo de eleitores que pretende votar em Guilherme Boulos (PSOL) para prefeito neste ano, 83% se posicionam como petistas, e 15% se colocam no centro. Na parcela que declara voto em Pablo Marçal (PRTB), 64% se consideram bolsonaristas, e 18% estão no centro desse espectro. No grupo de eleitores que aponta o atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), como seu candidato, há uma distribuição entre bolsonaristas (35%), petistas (33%) e eleitores de centro (27%).