O conceito de autocuidado em saúde, conforme definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), está se consolidando como uma estratégia vital para a promoção da saúde no Brasil. Uma pesquisa inédita realizada pelo Datafolha, encomendada pela ACESSA (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde), revela avanços significativos no letramento em saúde da população brasileira, mas também destaca a necessidade de fortalecer a confiança nas fontes de informação.
O estudo indica que 73% dos brasileiros utilizam medicamentos para tratar mal-estares menores, e 79% só procuram atendimento médico quando necessário. Estes dados refletem uma crescente adesão ao conceito de autocuidado em saúde. Além disso, a pesquisa revela que 54% buscam informações adicionais online para garantir o uso correto de MIP’s (medicamentos isentos de prescrição).
Perfil do Consumidor
A pesquisa destaca que a adesão ao uso de medicamentos é especialmente alta entre determinados grupos demográficos. As mulheres (77%) e os jovens (79%) lideram o uso, evidenciando uma tendência que pode orientar a elaboração de campanhas de conscientização. Compreender essas tendências permite que a ACESSA e outras instituições direcionem suas ações de forma mais eficaz, focando em fornecer informações e orientações que atendam às necessidades específicas desses grupos.
Percepção e Uso de MIP’s
O levantamento do Datafolha aponta que 95% da população considera essencial saber usar medicamentos corretamente para aliviar sintomas leves e prevenir doenças, um sinal da conscientização sobre o autocuidado em saúde. A pesquisa mostra também que 86% dos brasileiros possuem em casa medicamentos isentos de prescrição médica, com uma maior taxa entre as faixas etárias mais jovens. Além disso, 76% dos entrevistados afirmam que costumam tomar MIPs para o alívio de sintomas leves, como como dores de cabeça, febre e azia.
Confiança nas Fontes de Informação
Embora a população esteja cada vez mais informada sobre o uso de medicamentos, 71% dos brasileiros evitam buscar informações sobre saúde em redes sociais. Este ceticismo em relação às redes sociais como fonte de informação sobre saúde reflete uma percepção crítica sobre a qualidade e a veracidade das informações encontradas nessas plataformas.
A pesquisa destaca que, apesar da alta taxa de pesquisa online, muitos brasileiros preferem fontes de informação que consideram mais confiáveis. Isso sublinha a importância de fornecer orientações e informações precisas e seguras através de canais educativos e especializados, em vez de confiar unicamente nas redes sociais, que podem ser propensas à desinformação.
Comportamento e letramento em saúde
Os avanços no letramento em saúde são evidentes. A pesquisa mostra que 73% dos brasileiros utilizam medicamentos para tratar mal-estares menores e que 90% buscam atendimento médico caso os sintomas persistam. Esses dados evidenciam uma crescente conscientização sobre a importância do uso responsável dos MIP’s e a necessidade de orientação adequada para garantir a segurança e eficácia no alívio de sintomas leves.
Dados que guiam decisões
A geração de dados, como os da pesquisa Datafolha, é fundamental para que a ACESSA e outros stakeholders possam promover políticas públicas e campanhas de conscientização sobre o uso responsável de MIPs. Esses dados permitem um entendimento mais aprofundado do comportamento da população em relação à saúde e ao uso de medicamentos, permitindo a elaboração de estratégias mais eficazes para promover o autocuidado e melhorar a saúde pública e privada.
O papel da ACESSA
A ACESSA lidera a promoção do autocuidado em saúde e o uso racional de MIP’s no Brasil. A associação não apenas educa a população sobre a importância do autocuidado, mas também coleta e analisa dados que ajudam a entender o comportamento dos brasileiros em relação à saúde. Além disso, a ACESSA colabora com órgãos reguladores visando a democratização de informações confiáveis e o fortalecimento das práticas de saúde em todo o país.
O Papel essencial dos profissionais de saúde
A confiança dos brasileiros em profissionais qualificados para orientar corretamente no uso de MIPs é um fator determinante. A ACESSA ressalta a importância desses profissionais como aliados na promoção do autocuidado em saúde, garantindo que a população receba as orientações necessárias para o uso seguro e eficaz desses medicamentos.