56% possuem cartão de crédito e 10% estão em atraso com alguma parcela

Da lista de sete serviços financeiros, cartão de crédito é o mais comum

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Pesquisa Datafolha mostra que é minoritária à adesão a sete serviços financeiros pesquisados, com exceção do cartão de crédito. E, em comparação à pesquisa anterior, de novembro de 2015, o cartão de crédito foi o serviço que mais cresceu, seguido por empréstimos em bancos ou em financeiras, nos últimos seis meses, e financiamento de veículo, enquanto, recuou a taxa de carnê de loja.

Uma parcela de 56% possui cartão de crédito (era 41% em novembro de 2015), 21% têm limite de cheque especial (era 20%), 19% têm carnê de loja (era 26%), 19% têm empréstimo contratado em banco nos últimos seis meses (era 15%), 12% possuem financiamento de veículo (era 7%), 9% têm empréstimo de financeira contratada nos últimos seis meses (era 4%) e 7% financiamento de imóvel (era 7%).

Notas e moedas na mão de uma pessoa em fundo azul.
Produção de fotos genéricas para Mercado. Dinheiro, real, cédulas, moedas - Gabriel Cabral/Folhapress

São observadas diferenças nas taxas de posse desses serviços por gênero, faixa etária, grau de instrução e renda.

Entre os homens é mais alta a taxa de posse de cartão de crédito (59%, ante 53% entre as mulheres), de cheque especial (26%, ante 16% entre as mulheres) e financiamento de veículo (14%, ante 9% entre as mulheres). Já, entre as mulheres a taxa de posse de carnê de loja é mais alta do que entre os homens (23%, ante 15%).

Entre os que têm 16 a 24 anos, as taxas de posse desses sete serviços são mais baixas do que na média da população brasileira. Já, entre os que têm 60 anos ou mais, as taxas de empréstimo em banco e empréstimo em financeira nos últimos seis meses ficam acima da média: respectivamente, 27% e 14%.

Entre os mais instruídos ficam acima da média: cartão de crédito (77%, ante 43% entre os menos instruídos), limite de cheque especial (41%, ante 11% entre os menos instruídos), financiamento de imóvel (12%, ante 5% entre os menos instruídos) e financiamento de veículo (20%, ante 8% entre os menos instruídos).

Por faixa de renda, entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos são observadas taxas mais altas de cartão de crédito (76%, ante 46% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), limite de cheque especial (43%, ante 9% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), financiamento de imóvel (13%, ante 6% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos) e financiamento de veículo (21%, ante 7% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos).

O atual levantamento foi realizado no dia 05 de dezembro de 2023, com 2.004 entrevistas presenciais em 135 municípios, com população de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Quanto à inadimplência, uma parcela de 17% está com o pagamento atrasado em pelo menos um desses sete serviços. Cartão de crédito lidera a taxa de inadimplência, com 10%, seguido por carnê de loja, com 3%, empréstimo de banco, com 3%, empréstimo de financeira, com 2%, cheque especial, com 2%, financiamento de veículo, com 2%, e financiamento de imóvel, com 1%.

Em comparação à pesquisa anterior, de novembro de 2015, as taxas de inadimplência desses serviços se mantiveram estáveis. Naquela data, a taxa de inadimplência era de 7% para cartão de crédito, 4% para carnê de loja, 2% para cheque especial, 2% para empréstimo em banco, 1% para empréstimo em financeira, 1% para parcela de imóvel e 1%, para parcela de veículo.

33% POSSUEM RESERVA FINANCEIRA DE EMERGÊNCIA

70% se preparam financeiramente para aposentadoria

Um terço (33%) declarou ter reserva financeira de emergência e 67% que não têm. Da parcela que possui reserva financeira, 10% declararam que a reserva é suficiente para manter o padrão de vida por menos de 3 meses, 10% por 3 a 6 meses, 6% por 6 meses a 1 ano e 6%, por mais de 1 ano.

A taxa daqueles que possuem reserva financeira de emergência fica acima da média entre os homens (39%, ante 27% entre as mulheres), entre os que têm 25 a 34 anos (40%, ante 29% entre os que têm 60 anos ou mais), entre os mais instruídos (46%, ante 21% entre os menos instruídos) e entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (71%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (62%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (43%, ante 20% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os funcionários públicos (42%), entre os empresários (65%), entre os que se autodeclararam como brancos (40%).

Por outro lado, observam-se índices mais altos de quem não possui reserva financeira para emergência entre as mulheres do que entre os homens (73%, ante 61%), entre os que têm 45 a 59 anos (73%), entre os menos instruídos (79%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (80%, ante 29% entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos), entre os desempregados (85%), entre as donas de casa (88%),entre os moradores da região Nordeste (74%) e entre os que recebem ou moram com alguém que recebe Bolsa Família (78%).

Sete em cada dez (70%) se preparam financeiramente para a aposentadoria e 30% não se preparam. A previdência social ou INSS é o meio mais comum, com 52% de menções, seguido por poupança ou outro tipo de tipo de investimento (ações, renda fixa, títulos do tesouro, criptomoedas e etc.), com 36%, plano de previdência privada, com 13%, e imóvel para alugar, com 2%, entre outras respostas menos citadas.

Em comparação à pesquisa anterior, de abril de 2019, os índices ficaram estáveis: naquela data 52% contribuíam com INSS ou previdência social, 39% aplicavam o dinheiro na poupança ou outro tipo de investimento e 11% tinham um plano de previdência privada.

A taxa daqueles que se preparam financeiramente para a aposentadoria é mais alta entre os homens (76%, ante 64% entre as mulheres), entre os mais instruídos (83%, ante 57% entre os menos instruídos), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (82%, ante 60% entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (90%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (95%), entre os assalariados registrados (97%, ante 63% entre os assalariados sem registro) e entre os funcionários públicos (95%).

24% RECEBEM OU MORAM COM ALGUÉM QUE RECEBE O BOLSA FAMÍLIA

Um quarto (24%) declarou receber diretamente ou morar com alguém que recebe o Bolsa Família (eram 21% em setembro deste ano) e 76% não recebem ou moram com alguém que recebe (eram 79%). Há um ano os índices eram semelhantes: 25% recebiam diretamente ou moravam com alguém que recebia e 75% não recebiam o benefício.

Observam-se taxas mais altas de beneficiários do Bolsa Família entre as mulheres do que entre os homens (28%, ante 21%), entre os que têm 16 a 24 anos (35%), entre os menos instruídos (31%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (36%), entre os moradores da região Nordeste (39%) e entre os evangélicos (33%).